Sistemas Agroflorestais: os modelos de florestas do futuro
A atividade florestal no Brasil é uma das melhores e mais rentáveis opções de investimento no campo. O rápido crescimento das florestas, aliado às excelentes tecnologias de melhoramento genético e ao manejo florestal, coloca o país entre os produtores de menor custo e maior produtividade.
Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) integram lavoura, pecuária e floresta e possibilitam juntar produção agrícola e conservação florestal, gerando alimento e renda sem agredir a natureza. São considerados uma opção estratégica, pois possibilitam a diversificação da produção e rentabilidade, além de promover a recuperação do solo, evitar o desmatamento e contribuir com o aumento da biodiversidade local. O sistema também busca otimizar a produção com o uso mais eficiente dos recursos naturais.
Para os animais, o sistema silvipastoril possibilita maior ganho de peso e bem estar, através da sombra e qualidade da pastagem e, também, o aumento da taxa de lotação/ha. Possibilita a recuperação de pastagens degradadas e o estabelecimento de pastos com boa produtividade e valor nutritivo, além de ampliar o tempo de disponibilidade de forragem verde durante o ano e de promover ambiente mais favorável, o que reflete em ganhos na produção animal.
Nos próximos 10 anos, a perda refletida na produção de carne em função da degradação das pastagens deve chegar a 40%. A degradação das pastagens, caracterizada pela perda da capacidade produtiva, pela exposição do solo, pela infestação de plantas daninhas e de cupinzeiros é preocupante. A recuperação de áreas degradadas deve servir de estímulo para desenvolvimento de alternativas rentáveis, com potencial para modificar, significativamente, a produtividade, a lucratividade e a sustentabilidade da propriedade.
Para a floresta, maximização da produtividade e madeira de qualidade para uso nobre. Isto significa maior produtividade por área, ganho com a recuperação do solo, ganhos produtivos, econômicos e ambientais crescentes.
Para o meio ambiente, recuperação e manutenção das características produtivas do solo, redução de pragas das diferentes espécies cultivadas e consequente redução da necessidade de defensivos agrícolas, bem como a redução da erosão e maior biodiversidade (em comparação aos monocultivos).
Assim como qualquer outro sistema produtivo, é fundamental atentar para os cuidados com o plantio (análise e preparo do solo, material genético - mudas/clones ou sementes de alta qualidade), adubação/nutrição, controle de pragas (controle de formigas, plantas daninhas e doenças), tratos culturais e o manejo (desrama/retirada de galhos e desbaste das árvores, manejo da pastagem e dos animais), para que o potencial produtivo seja alcançado. Antes de qualquer atividade, é necessário o planejamento do sistema (implantação e manutenção) com a escolha das espécies mais apropriadas a serem consorciadas e do destino da sua produção buscando sempre a prática do Certo da Primeira Vez.
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