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Simples proposta para produção de toras de madeiras

21 de junho de 2017
Luciano Magalhães

 

Em todo o mundo, o denominado extrativismo predominou nos modelos de extração e uso da madeira, como um modelo meio compreensivo ou até mesmo natural.

 

Em muitas formas nativas de vegetação, ou seja, nas florestas, há ocorrência das árvores superiores em diferentes escalas. Durante as colonizações, o consumo de madeira foi tão grande quanto à facilidade de obtê-la. No Brasil não foi e não tem sido diferente.

 

A grande ocorrência de madeiras nobres em nossas matas de sul a norte do país foi altamente reduzida pelos seus diversos usos. O processo de colonização sul-centro-norte e o mercado consumidor de produtos madeireiros acelerou o processo de colheita e hoje padecemos. É notória a falta de conhecimento e informação que os predadores madeireiros (produtores e consumidores) acumulavam em relação ao tempo necessário para produzir novamente estas árvores. E fora do país, o mesmo ocorreu. A diferença está na existência do profissional silvicultor que lá fora, de geração para geração, passam a seus herdeiros a cultura, sabedoria e crença de que o processo de produção é sustentável.

 

No Brasil, já passou da hora da nobre profissão de silvicultor ganhar espaço.

 

Como uma inciativa, propomos que o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), um consagrado projeto no ramo do agronegócio brasileiro, passe a ser lido e praticado, considerando sempre a letra A como agrossilvicultura. Assim, a sigla PRONAF passaria a ser lida como:

P – Programa

N – Nacional de fortalecimento da

A – Agrossilvicultura (ao invés de agricultura)

F – Familiar

 

Esse A mágico, se bem praticado, pode ser transformador. Quantos milhões são, neste país, usuários do PRONAF? Se, orientados tecnicamente, cada pequeno produtor rural plantar por ano meia dúzia (seis) de árvores em sistema agroflorestal, quantos milhões de toras o país disporá para o mercado interno e externo em um modelo sustentável? Além do resultado econômico, quão positiva seria o reflexo dessa ação para o meio ambiente?

 

Conhecimento para isso já temos e a nossa grande vantagem competitiva global é que, nossas toras serão produzidas na metade do tempo da maioria dos nossos concorrentes, ou seja: 20 anos. Isso sim é geração de riqueza! E olhe que não mencionamos os grandes projetos.

 

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