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3 fatores impactantes no cultivo de florestas

21 de junho de 2017
Luciano Magalhães

 

O sucesso de um empreendimento florestal não fica garantido somente com a etapa de projeto bem executada. E isso vale para qualquer empreendimento!

 

Em relação a um empreendimento, pode ser afirmado, de forma simplificada, que ele possui três grandes etapas: INICIAL (projeto e planejamento), INTERMEDIÁRIA (implantação, manejo, controle e monitoramento) e FINAL (colheita, obtenção de resultados e análise crítica).

 

E claro, o sucesso de qualquer empreendimento depende da boa execução dessas três etapas.

 

Sempre fico preocupado com a etapa INTERMEDIÁRIA, principalmente, com o manejo e o controle dos plantios florestais, uma vez que uma falha aqui poderá comprometer todo o resultado final de um projeto bem elaborado.

 

Por isso, dentre os vários problemas que podemos encontrar nesta fase, vou destacar 3 (três) fatores impactantes que podem afetar os resultados no agronegócio, principalmente no setor florestal.

 

Primeiro Fator: O aspecto nutricional das plantas.

 

Perguntas: As plantas estão sendo alimentadas adequadamente? Estão sendo aplicados corretivos de solo para assegurar esta alimentação, sem desperdício?

 

Uma alimentação adequada assegura o crescimento e desenvolvimento das plantas com melhor qualidade e, consequentemente, maior valor de mercado.

 

Saber o que prover, onde prover, como prover e quando é assunto que requer análise da situação atual e planejamento das ações futuras. Quem irá executar as ações e quanto pode e deve ser gasto faz parte da questão.

 

O monitoramento e controle do aspecto nutricional das plantas

 

Cada sítio e cada cultura tem as suas características únicas. Os macros e micronutrientes são indispensáveis para o crescimento sadio das plantas. A falta de nutrientes prejudica a saúde das plantas (menor crescimento, menor resistência a doenças) e a ausência total de um deles provoca a sua morte.

 

É boa prática realizar o monitoramento e o controle por meio de inspeções visuais, que correlacionadas a uma análise foliar e análise de solo, permitem um receituário assertivo e mais econômico.

 

Segundo Fator: A possibilidade de ocorrência de pragas e doenças.

 

Esta ocorrência pode estar relacionada com o Primeiro Fator. E aqui vale o ditado popular: Prevenir é sempre melhor que remediar. A prevenção envolve atividades de planejamento e monitoramento contínuo.

 

De novo: saber o que monitorar, onde monitorar, como monitorar e quando é assunto que requer análise do projeto implementado. Quem irá executar as ações e quanto pode e deve ser gasto faz parte da questão.

 

Ocorrência, controle e monitoramento de pragas e doenças

 

As pragas e doenças atacam de forma oportunista, por falta de cuidados adequados, nas diferentes estações do ano. Na maioria das vezes o ataque de pragas e doenças é regional e percebe-se movimentações também nos vizinhos, muitas vezes, sendo praticados combates aéreos. Isto permite, em função da mobilização dos prestadores de serviço, contratá-los por um melhor preço.

 

Pragas e doenças podem provoca grandes perdas. As ações de controle, quando necessárias são normalmente corretivas e para serem eficazes, as ações devem ser tomadas em tempo hábil, com base em causas reais, devidamente identificadas

 

Depois das perdas... não é boa prática buscar e punir culpados. Melhor é focar no aprendizado e agir proativamente, para evitar futuros problemas.

 

Terceiro Fator: Medição do desempenho (indicadores) do empreendimento agrossilvipastoril

 

De acordo com o princípio de administração: O que não é medido não pode ser gerenciado.

 

Para a segurança do investimento, os empreendimentos de médio e longo prazos precisam de indicadores de gestão. No caso de ocorrer desvios, é essencial aplicar ações corretivas em tempo hábil.

 

Acompanhar a taxa de crescimento dos indivíduos (animais e vegetais) é fundamental para saber se as ações de manejo estão corretas.

 

A taxa de crescimento das árvores é medida em função do aumento do diâmetro do caule e de sua altura. A taxa de crescimento dos animais é medida com base no aumento do peso.

 

No manejo do gado é importante: a oferta de pastagem, seu manejo adequado, a oferta de minerais, a qualidade de água, o tamanho dos piquetes e o tipo de gado.

 

A mensuração da floresta e dos animais

 

Significa acompanhar o crescimento dos indivíduos (animais e vegetais). Animais, através de seu peso e plantas quando gramíneas, através da quantidade de matéria seca por hectare. As árvores, são medidas através do diâmetro e altura, que permite o cálculo do crescimento em volume anual, e equivale ao IMA (incremento médio anual).

 

Adquirir conhecimento pode causar impacto em todas as suas futuras ações, melhorando o seu negócio e os seus resultados financeiros. As visitas em campo sempre são oportunidades de apresentar um rol de sugestões, com impactos seguros e positivos quanto aos resultados esperados do projeto.

 

É importante buscar conhecimento tecnológico atualizado pertinente ao seu agronegócio, observar o aspecto nutricional das plantas bem como acompanhar seu crescimento, sempre atento à prevenção de doenças e pragas.

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